quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Por que você não assume até hoje que não creu?

Jesus disse que pouco é necessário; e é isso mesmo ASSIM, pois, de fato, o que é essencial não é nada além de muito pouco.
Quando encontrei o Senhor o que mais me chocou foi isso — ver que pouco era necessário!
E o que é necessário para que a vida de alguém seja como um estádio cheio de gente para muito mais gente ainda?
Sim! Pois a promessa do reino, segundo os profetas, é que um seria como mil. E Jesus disse que aquele que Nele cresse faria obras ainda maiores do que as que Ele mesmo fez.
Ah! Muito pouco é necessário!
Nós, todavia, não vemos isso porque o poder está dentro, coberto por um vaso de barro, que é essa nossa realidade de fraqueza.
Por isso, quem olha apenas para o que vê em si mesmo do lado de fora, ou tem que ter nascido rico, ou precisa ter muito dinheiro e fama, ou necessariamente carece de poder político — a fim de crer que pode fazer alguma coisa.
Mas não é assim.
Veja Jesus. O que Ele tinha ou buscou do lado de fora? Ambicionou Ele fazer amigos entre os ricos? Laborou Ele por se fazer respeitado no Sinédrio de Israel? Buscou Ele algum vínculo com Herodes, com Pilatos, com o Imperador Romano? Por que não atendeu Ele o convite dos gregos que, via Filipe, desejavam levá-Lo para Edessa?
Sim! Veja Jesus! O que Ele tinha? E diga-me: Quem teve mais que Ele?
Quando Jesus disse que os que cressem Nele fariam as mesmas obras Dele e outras ainda maiores, fazia referencia a duas coisas: a 1ª era ao poder do Espírito Santo em todos os que crêem; e a 2ª era ao potencial que a Graça plantou em todos nós — na forma de dons, talentos, e, sobretudo, na forma de um poder oculto, o qual é ativado pela fé, pela esperança e pela paixão do amor de Deus.
Não são os mais inteligentes, ou sábios, ou os poderosos do lado de fora, os que mais podem.
Não! São os que crêem os que podem; e os que olham o invisível; e os que se lançam à vida como loucos de certeza; crentes que milagres acontecem; e, sobretudo, sabendo que tudo é possível ao que crê.
A história bíblica inteira é a narrativa de como os que não tinham, tiveram; de como os que não podiam, puderam; e de como os que não eram visto, fizeram surgir as realidades inolvidáveis aos sentidos históricos.
Quem era João Batista? Quem era Pedro, João ou Paulo? Que apoio tiveram? Quem lhes ofereceu qualquer oportunidade? Quem lhes deu o “púlpito”? Quem lhes disse que eram fadados à glória humana? Quem afirmou qualquer coisa em favor deles? Que meios tiveram? Com quais instrumentos trabalharam? Quanto dinheiro possuíram? Ou quando alguém os viu se queixando que sem muita infra nada poderiam fazer?
Nenhum deles teve nada além do que se podia carregar no coração, oculto aos olhos humanos.
E o que houve?
Ora, eles surtaram de significado; e crerem que Jesus os havia enviado; e, sabendo disso, não duvidaram; e apenas partiram para as ruas, as praças, as sinagogas, as ágoras greco-romanas, os anfiteatros públicos, as casas, as estradas, os caminhos, as prisões e os exílios — sempre crendo que cada lugar era o chão do milagre e da revolução; e que cada pessoa era uma multidão de potencial se cresse na Palavra; e que os novos “Gadarenos” diriam: “Cheios de Deus é o nosso nome!”.
Eu cri nisso aos 18 anos. E vi; e vocês mais velhos também viram que um menino cheio do Espírito Santo, adulto na fé e na esperança, sem temor de homens e sem esperanças mundanas, pode, pela sinceridade simples da fé, realizar obras extraordinárias.
E vi que o necessário é apenas crer e andar. Sim! Crer e andar. Crer, ver, andar, fazer!
E tudo começa a partir de 5 pães e 2 peixes. Ou partir de 12 homens. Ou mesmo pode começar se um homenzinho obstinado e apaixonado crer, e, assim, com sua fé, decidir visitar toda a Terra dizendo a todos que há um só Deus; e fazer isso com tamanho amor que ninguém consiga dizer que aquela pessoa, certa ou errada, não seja “de verdade”.
Assim nasceram e nascem os Pedros, os Joões, os Paulos, e todos os santos malucos que mudam homens e histórias.
E se cada um deles fosse perguntado sobre o que seria necessário, todos eles diriam: “Ora, pouco é necessário; basta que esse vaso de barro abrace o grande tesouro que Deus depositou em seu coração”.
Então pergunto a você:
O que você está esperando? Até quando você se esconderá do fato que em você habita o poder do milagre, e que sua vida é assim como tem sido, pequena, sem alegria, sem os tumultos bons, sem os bons combates, sem o espírito da revolução, apenas por que você não crê mesmo?
Há pessoa que simplesmente vivem como se nelas não houvesse nada além de dor, fraqueza e impotência.
Mas não é assim. Pois grande é o tesouro que este meu vaso de barro guarda; assim como é grande a riqueza que habita o seu vaso.
Não temos desculpas. Quem não manifesta o que recebeu é porque enterrou como o homem que ganhou um talento e o escondeu.
Pense nisso!
Caio
30/07/07
Lago Norte
Brasília

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